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Propósito: 3 perguntas para quem não sabe por onde começar



Depois de 10 anos trabalhando na área de marketing, passei a me perguntar se era isso mesmo que eu queria fazer para o resto da minha vida.


A sociedade faz a gente acreditar que é normal decidirmos nosso destino aos 17 anos, e que essa decisão guiará nossas carreiras para sempre.


De quem foi essa ideia? Quem fez a gente acreditar que éramos maduros o suficiente para escolher uma carreira que duraria a vida toda, quando não conseguiamos nem decidir a roupa do dia seguinte? E, ainda pior, quem nos convenceu de que é assim que a vida funciona e “bola pra frente”?


Felizmente, de um tempo para cá, alguns exemplos de pessoas que foram "loucas o bastante" para começar a quebrar as regras e tiveram coragem de seguir seu propósito na vida começaram a aparecer, mostrando que sim, é possível trabalhar com o que a gente ama e que “se eles conseguiram, a gente também pode”…certo?


Ah se fosse tão fácil quanto eles dizem que é! #soquenao


Quando comecei a minha jornada em busca do meu “propósito”, me entupi de livros de auto-ajuda, blogs e podcasts sobre autoconhecimento, e foi realmente muito inspirador ver que tantas pessoas encontraram o seu “nirvana”: fazendo o que amam, ajudando pessoas e vivendo uma vida completa e feliz.


Foi aí que comecei a me sentir ainda mais perdida: Como essas pessoas chegaram a esse ponto? Por onde elas começaram? Existe um guia, um passo-a-passo, de como encontrar o seu propósito?


Depois de dias tentando encontrar respostas para essas perguntas, comecei a entender que não, não existe um guia, simplesmente pelo fato de que cada um de nós é diferente e que, por mais que desejemos, ninguém pode nos apontar qual caminho devemos seguir.


Comecei a me questionar, tentando encontrar as respostas que tantos life coaches e gurus espirituais diziam estar dentro de mim. Aqui estão três perguntas-chave que me ajudaram a enxergar quais são realmente as minhas paixões e o que me move:


1. O que faz você esquecer o mundo ao seu redor?

Todos nós temos algo que amamos fazer, algo em que poderíamos passar horas e horas imersos. Algo que nos coloca em estado de “flow”, onde estamos tão focados e concentrados que não vemos o tempo passar.


Pode ser qualquer coisa! Para alguns, pode ser aprender algo novo, ou ajudar pessoas, criar algo do zero ou se perder no meio da natureza. Pergunte a si mesmo, o que te faz esquecer do mundo?


2. Quando você era criança, qual era sua paixão?

Quando somos crianças não há nada que impeça nossa imaginação e nossos sonhos. Nossa alma é maior que o nosso ego e nós simplesmente não nos importamos em ganhar dinheiro. Em vez disso, fazemos o que nos faz felizes. Pense no que você amava quando criança...


Quando um adulto lhe perguntava “o que você quer ser quando crescer”, o que você costumava responder?


Pense também qual era a reação desses adultos ao ouvirem sua resposta. O que eles diziam para você? Que era impossível alcançar, ou que você não ganharia dinheiro com isso?


Será que essas pessoas, mesmo que inconscientemente, te fizeram desistir dos seus sonhos? Qual foi o impacto que esses comentários tiveram nas suas decisões dali pra frente?


3. Quais são as suas motivações?

Quando você pensa sobre o que você queria ser quando crescer, tente entender quais foram as motivações para sua resposta naquela época.


Por exemplo: Quando eu criança costumava dizer que queria ser psiquiatra e, embora não tivesse 100% de certeza do que um psiquiatra fazia, minha motivação era entender a mente dos outros e, de alguma forma, ajudá-los a sentir-se melhor.


Claro que isso não evidente para mim quando criança, mas depois de fazer esse exercício, acabei entendo que na verdade não queria ser exatamente psiquiatra, mas sim fazer algo onde eu pudesse ajudar as pessoas a entenderem sua própria mente, a serem mais felizes.


Não posso esquecer de mencionar que, mesmo depois de descobrir minhas respostas para essas perguntas, isso só começou a fazer sentido quando entendi que não tem problema em ter mais de uma paixão na vida e que não é o fim do mundo se eu decidir mudar de rumo daqui um ou dois anos.


O autoconhecimento é um exercício contínuo. Somos seres multipotenciais em constante evolução e, quando aceitamos isso, podemos aprender a suavizar nossos sistemas de crença e admitir que não podemos controlar tudo no mundo, e está tudo bem!

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